sexta-feira, 28 de junho de 2013

Atendimento em psicoterapia, trabalhos corporais de bioenergética, atendimento espiritual e mediunidade clínica.


"O Resgate da Alma" Atendimento em psicoterapia, trabalhos corporais de bioenergética, atendimento espiritual e mediunidade clínica. Este trabalho visa uma integração entre o corpo, mente e espírito, utilizando várias técnicas de psicoterapia, exercícios corporais, massagem bioenergética, limpeza e ativação dos chakras, entre outras. O mapa astrológico espiritual é uma ferramenta poderosa de auto-conhecimento, com abordagem espiritual em cada área da sua vida. A mediunidade clínica é um tratamento voltado para pessoas hipersensíveis ( médiuns ), no qual são identificados seus canais perceptivos extra-físicos/mediúnicos ( vidência, cinestesia, psicografia, psicofonia, pictoriografia, etc.), para posteriormente serem orientados, educados e canalizados adequadamente, com o objetivo da melhora da qualidade de vida, bem-estar e equilíbrio energético. A união do trabalho psicológico, corporal e espiritual é o caminho para o Resgate da Alma, do sentir, para que a sua vida ganhe sentido novamente ! É um trabalho, cujo processo lhe traz de volta prá casa, resgatando, recuperando, restaurando e integrando partes suas que ficaram perdidas e que são fundamentais para recuperar a alegria e o prazer de estar aqui ! É um trabalho de cura muito profundo para seu centramento ,aceitação de si mesmo, fortalecimento espiritual, energético e psicológico. Você está aqui para a realização do seu espírito ! Venha aprender a tomar posse do que é seu por direito Divino: sua Vida ! Agenda seu horário em nosso espaço:casa&lua >>>> proprietárias Simone Mattos&Suzethy Damiggo https://www.facebook.com/casalua Dr ª.Suzethy Damiggo Licenciatura e Bacharelado em Psicologia USP / USP pela psicóloga /. Mestre em Psicologia,doutora em lingüística pelo IEL USP / Formação em Psicanálise. Mestre de Reiki Sistema Usui/Tibetano; Sistema Osho-Neo-Reiki; Sistema Tradicional Japonês;Sistema Karuna ReikiTM,e o Egipcio AHZ. http://twitter.com/#!/Ethesuz http://mulhenotadez.blogspot.com/

segunda-feira, 3 de janeiro de 2011

TOME ÁGUA...



“A água é um composto emocional e se altera com o estado da psique”.

Todos nós sabemos o quanto é importante uma ingestão diária adequada de água, mas quase sempre negligenciamos. Todos os organismos vivos apresentam de 50 a 90% de água em si. O próprio corpo humano é constituído, em 70%, por água que, em constante movimento, hidrata, lubrifica, aquece, transporta nutrientes, elimina toxinas e repõe energia, entre inúmeras outras utilidades. Nosso cérebro é constituído de 90% de água e até nossos ossos contém mais de 60% de água.
Produzimos diariamente cerca de 1 litro de saliva, 1 litro de secreção gástrica, 1 litro de suco pancreático, 1 litro de bile e 2 litros de secreções intestinais, somando em torno de 7 litros de secreções. No trajeto a água vai sendo reabsorvida chegando ao cólon cerca de 1,5 litros de água, antes da formação final do bolo fecal.
Quando deixamos de beber água, diminui a produção dos líquidos entéricos, levando a distúrbios no processo digestivo e absortivo, com aproveitamento inadequado de nutrientes, vitaminas e sais minerais, constipação intestinal e sangramento retal, pelo ressecamento das fezes. A disabsorção leva a cãibras, dormências, perdas de força muscular, problemas ósseos e dentários, impotência ou disfunções eréteis ou, no caso das mulheres, sangramentos vaginais.
A falta de água é o principal fator causador de fadiga. Uma mera redução de 2% da água no corpo humano pode provocar incoerência na memória de curto prazo, problemas com matemática e dificuldade em focar o olhar no trabalho. A hemoconcentração (pouca água na circulação sangüínea), faz com que o sangue circule mais lentamente, causando distúrbios de concentração mental, sono e memória, com perda da disposição para realização das atividades diárias, em virtude da lentificação da circulação cerebral.
Do mesmo modo, ocorrem lesões de pele, pelo seu ressecamento, com aparecimento de acnes (cravos e espinhas) pela não eliminação adequada das toxinas via pele e seu acúmulo local. Também surgem desvitalização, enfraquecimento e queda dos cabelos, descamação do couro cabeludo, ressecamento dos olhos e das vias aéreas, que ficam predispostos a sofrer lesões com mais facilidade por ficarem mais frágeis, tornando-se mais propensos a inflamações e infecções (conjuntivites, sinusites, bronquites, pneumonias). O ressecamento das vias aéreas leva também a uma respiração dificultada, por vezes levando à falta de ar, sobretudo nos exercícios físicos. Energeticamente, a não ingestão de água causa uma “contração” na aura. Após um longo período de sede, ela começa a ficar quebradiça, rachando quando ocorre desidratação.
A quantidade ideal de água, em litros, a ser ingerida pode ser calculada dividindo-se o peso corporal pelo número 32. Preconiza-se um copo de 200ml de água por hora em que se estiver acordado. Assim sendo, a ingestão de água deve ser constante, rigorosa e independente da sede. E não adianta deixar para tomar os 2 a 3 litros, necessários diariamente, de uma só vez. Estudos mostram que o estômago suporta apenas 12ml/kg/hora, ou seja um adulto não conseguirá tomar mais de um litro de uma só vez sem "sentir-se mal".
O primeiro copo d’água do dia deve ser bebido em jejum após escovar os dentes e a língua ou bochechar e cuspir algum adstringente bucal (para não engolir as toxinas produzidas pelas bactérias durante a noite). A medicina ayurvédica aconselha que se misture algumas gotas de limão nesse primeiro copo do dia, para eliminar outras toxinas que se formaram no esôfago e recomenda a ingestão de água à temperatura ambiente ou morna, mas nunca fria ou gelada.
É certo que há água nos alimentos, mesmo nos sólidos, mas a complementação da ingestão diária de água deve ser feita, periodicamente, conforme já disposto. Uma forma de observar se a quantidade de água é adequada, é observar a cor da urina, que deve ser incolor. Quanto mais fortes forem a sua cor e seu odor, maior a necessidade de ingestão de água. Vale lembrar que é sempre bom evitar bebidas alcoólicas como fonte reidratante, pois além de serem diuréticas (produzirem urina) evitam que se beba água.
É recomendável, também, que se evite a ingestão de água pelo menos meia hora antes do almoço, para não prejudicar a digestão. Uma curiosidade: Há trabalhos científicos evidenciando que muitos tratamentos com medicações orais, sobretudo anticoncepcionais, terapia de reposição hormonal e anti-hipertensivos não alcançam o devido sucesso em virtude da baixa ingestão de água por parte do paciente; isto se deveria tanto à má circulação da substância pelo corpo quanto à má absorção da mesma no intestino, processo este dependente da água como veículo de transporte para a substância. (Revista UNICEUB - Ano IV - Abril 2003 - Nº 8)
Patrick e Gael Crystal Flanagan, observando a água de locais onde as pessoas são longevas, descobriram a presença de uma “água especial” abundante em aglomerados minerais naturais em forma de colóide. Esses aglomerados são mantidos em suspensão por uma carga elétrica negativa conhecida como potencial zeta 10:207. Esse tipo de água tem maior eficiência como solvente e umectante melhorando suas funções de veículo de eliminação de toxinas e de transporte de nutrientes, hormônios, etc., quando presente num sistema vivo. Por isso a importância do consumo de águas minerais ou águas purificadas por osmose reversa.
Íons livres de alumínio neutralizam esse potencial zeta, fazendo com que a água se torne imprópria ao consumo, pois tem suas funções de transporte severamente diminuídas. É por isso que hoje se contra-indica o uso de panelas de alumínio na cozinha e se deve ter cautela no uso de produtos que contenham alumínio (antiácidos, fermentos em pó e desodorantes) 10:202.
Um outro aspecto sobre a água foi recentemente descoberto pelo Dr. Masaru Emoto e publicado em seu livro “A Mensagem da Água”. Ele demonstrou que a água se modifica a nível molecular, de acordo com as energias vibracionais humanas dos pensamentos, dos sentimentos e das palavras (proferidas ou escritas). Ele inicialmente coletou várias amostras de água, de rios do Japão e, posteriormente do mundo todo. Destilava a água e analisava, ao microscópio de campo escuro, as formações geradas pelo congelamento de gotas da mesma, fotografando-os. Notou que a nascente de água pura que jorra da montanha mostrava maravilhosos desenhos geométricos em forma de cristais, enquanto as águas poluídas e tóxicas das áreas industriais e povoadas, as águas estagnadas das tubulações e represadas em armazenamentos mostravam estruturas cristalinas definitivamente distorcidas e formadas aleatoriamente, mesmo sendo destiladas antes de congeladas.
Aprofundando a sua pesquisa, o Dr. Emoto expôs as águas destiladas, de fontes puras e poluídas, a circunstâncias ambientais, como o som de orações ou mantras, de música clássica, e, mesmo com águas poluídas, após a exposição a esses sons durante algumas horas os cristais se formavam, belos como se a água não estivesse mais poluída, coisa que não ocorria quando o som vinha de um rock “heavy metal”. Da mesma forma, a mentalização de sentimentos nobres como a gratidão, o amor e a admiração também formou os cristais simétricos. Então resolveu verificar como a água reagia a palavras datilografadas e coladas no recipiente que continha a água a ser congelada. Para isso utilizou palavras associadas com aqueles sentimentos nobres e até o nome de pessoas santas, como Madre Teresa de Calcutá. Todas as vezes belos cristais se formavam, até nas águas de fontes poluídas, ao contrário de palavras menos nobres ou que demonstrassem raiva e ameaça ou que representassem algo negativo, como o nome de Adolph Hitler, que sempre deformavam os cristais.
Essa pesquisa forma uma base de investigação sobre o efeito da oração, das mentalizações, do cultivo de sentimentos positivos e até da música como promotores de saúde: somos, nós e o planeta Terra, cerca de 70% compostos de água. Nosso corpo físico é como uma esponja e está composto de trilhões de câmaras celulares cheias de água e a qualidade de nossa vida está diretamente ligada à qualidade de nossa água interna. Assim se justifica crenças e hábitos religiosos, como o uso da água benta dos católicos, da água fluidificada dos espíritas, da água energizada de alguns protestantes, ou exposta debaixo de pirâmides, etc..
Assim, agora temos evidências profundas de que podemos curar positivamente e podemos transformar a nós mesmos e ao nosso planeta pelos pensamentos que nós escolhemos pensar e as maneiras como colocamos estes pensamentos em ação. Nós temos a escolha...

terça-feira, 14 de dezembro de 2010

TECNICA DA AUTO HIPNOSE




A hora mais indicada para aprender e exercitar o relaxamento profundo, isto é, a auto-hipnose, são os minutos antes de você adormecer(*). Nesse momento, a pessoa ainda tem pleno domínio sobre a consciência ao mesmo tempo em que, lentamente, suas ondas mentais baixam de nível, situando-se em torno de 8 a 10 ciclos por segundo. Mesmo sem esse relaxamento, em poucos minutos o consciente abre espaço à hegemonia mental do subconsciente e a pessoa dorme. O “relaxamento programado, entretanto, abre passagem para o subconsciente antes mesmo que a pessoa durma. Isso é importante porque, durante o sono, ninguém não pode dar ordens a si mesmo.

(*) Quando você começa a ficar com sono – aquele período crepuscular entre estar totalmente acordado e totalmente dormindo – suas ondas cerebrais mudam, para ficar na faixa de 4 a 7 ciclos por segundo, ou seja, nível teta. Antes, entretanto, de você atingir este estado, sua mente opera no nível alfa (baixo) por alguns minutos, e que segundo o Dr.Terry Wyler Webb, é a faixa apropriada para que sejam atingidos os níveis mais profundos da mente, ou seja, a mente subconsciente. É nos estados alfa e teta que as grandes proezas da supermemória – juntamente com os poderes de concentração e criatividade – são atingidos.

Faça de acordo com este roteiro:

Recorte uma rodelinha de cartolina branca ou amarela, de dois centímetros de diâmetro, e cole na parede onde se encosta a cabeceira da sua cama, a uns oitenta centímetros acima do colchão. Esta rodelinha deve ficar nesta posição para que você seja obrigado a olhar para trás durante o exercício. Isto vai forçar os músculos oculares e cansá-los em pouco tempo.

Você já está na cama, pronto para dormir. Nada mais tem a fazer; as portas já estão fechadas e as janelas isolam o excesso do barulho de fora, se bem que o barulho ininterrupto e sempre da mesma da mesma intensidade, como o do trânsito que flui lá fora, perturba menos que um despertador, a campainha do telefone ou o latido de um cão no quintal do vizinho. Mas você está pronto, as luzes estão apagadas e você está deitado, de costas; as pernas não se cruzam e os braços estão dispostos ao longo do corpo, sem tocá-lo.

Fixe então os olhos na tal rodelinha de cartolina, respire fundo duas ou três vezes e, sem jamais tirar os olhos deste ponto, pense nos seus pés. Diga a si mesmo, mentalmente, que você usou estas pernas o dia todo e ponha na cabeça que está muito cansado de uma longa caminhada que acaba de fazer. Imagine que seus pés estão cansados, pesados, parecendo de chumbo. Espere alguns instantes até sentir, realmente, seus pés pesados. Depois faça com que esta sensação de peso vá subindo pelo corpo: barriga da perna, joelhos, coxas, costas, nuca. Procure sentir que estão realmente pesados, muito pesados.

Em geral, suas pálpebras se fecham naturalmente, por si mesmas, enquanto você se concentra no sentimento de peso nas canelas, joelhos, e por todo o corpo.

Se isto ocorreu, você já atingiu a fase mais importante do relaxamento profundo. Nos primeiros dias, isso poderá levar até uns cinco minutos, porém, normalmente, isto ocorre mais depressa. Depois de algum treinamento, isto ocorrerá antes mesmo de você contar até três. Pessoas inteligentes, disciplinadas, de grande força de vontade, mental e espiritualmente sadias são as que atingem este ponto mais rapidamente. Esta prática, contudo, não é recomendável para pessoas com arteriosclerose acentuada ou doentes mentais. As pessoas mais jovens aprendem o relaxamento profundo em pouco tempo.

Assim que perceber os olhos fechados, diga mentalmente a si mesmo: “Da próxima vez entrarei mais depressa e mais intensamente no estado de profundo relaxamento; a cada vez que pratico o relaxamento profundo chego mais depressa e mais intensamente a este estado”.

Neste exato momento, os poros do seu subconsciente estão abertos e isso quer dizer que você pode ditar tarefas para si mesmo, tarefas estas que posteriormente se realizarão, supondo-se, naturalmente, que estas tarefas ou ordens sejam racionais, executáveis e possíveis de serem realizadas por você. Veja um exemplo de uma ordem racional e executável que pode ser dada por qualquer pessoa e realizada, posteriormente, com êxito: “Daqui em diante, comerei vagarosamente, mastigando bem”, ou, “para mim não existem mais os alimentos que engordam, como frituras e chocolate.”

Você também pode melhorar sensivelmente a sua aparência, adquirindo até mesmo ares atraentes, dando esta ordem ao seu subconsciente : “De hoje em diante, aparentarei uma expressão mais jovial, meus olhos estarão sempre brilhantes e manterei sempre uma postura atraente”.

A ordem pós-hipnótica e a conversão em energia

Admite-se uma ordem pós-hipnótica como uma sugestão racional e executável que não vá de encontro aos princípios éticos, morais, religiosos e de comportamento do hipnotizado.

Quando é própria pessoa que se hipnotiza, também pode dar ordens pós-hipnóticas e certamente as cumprirá. Não fosse assim, nem a hipnotização de outro, nem a auto-hipnose teriam sentido de ser.

A mesma coisa que um médico hipnotizador ordena a seu paciente hipnotizado, nós também nos podemos sugerir na auto-hipnose. Chamamos isso, na linguagem médica, de “formação da intenção”.

A voz do povo diz que o caminho do inferno está ladrilhado de bons propósitos e, geralmente, a voz do povo não erra, principalmente nesta frase. Vejam este relato que tem muito a ver com pessoas que conhecemos bem de perto:

Arthur Brington era um empresário de renome internacional e que fumava entre 60 e 70 cigarros, diariamente. Um dia, decidido, Arthur comentou com seus amigos mais íntimos que abandonaria o fumo pois tinha entendido, perfeitamente, que este vício era prejudicial a sua saúde. Não foram os médicos que lhe disseram isso; foram suas próprias conclusões a partir da constatação do seu baixo desempenho nos esportes, da dificuldade que estava enfrentando para subir escadas etc.

Desta forma, Arthur colocou até a sua honra em jogo; afirmara em alto em bom tom que, definitivamente, não poria mais um cigarro sequer na boca e que deixaria de se chamar Arthur Brington se voltasse a fumar. E até desafiou alguns amigos para uma aposta. Só que Arthur esqueceu-se de avisar ao subconsciente, que continuava com a velha imagem de “como o cigarro é gostoso!!!” Com isso, a cada momento, a cada minuto, uma voz interna (o seu subconsciente) voltava e lhe repetia a mensagem gravada: “Como o cigarro é gostoso!!!”

Logo nas primeira horas após a decisão anunciada, Arthur começou a se martirizar com a falta do cigarro, como é normal naqueles que querem abandonar o vício. Mas percebeu logo que luta seria mais difícil do que imaginara. Começava aí um terrível sofrimento: de um lado a sua honra, sua palavra, sua decisão; de outro, seu subconsciente relembrando “como é gostoso fumar!!!” Quem venceria?

Não precisou muito tempo. O relógio não tinha ainda marcado o meio-dia quando veio então um grande choque pelo fax da empresa: um negócio de muitos milhões de dólares que estava praticamente fechado fora desfeito pelo cliente, trazendo um grande prejuízo para ele e seus acionistas. Arthur não se conteve: “- Desgraça!!! E não tenho nem um cigarrinho aqui como consolo! Que se dane o mundo! Prefiro expor minha vida ao perigo!!!”

O que Arthur Brington não sabia – e pouca gente sabe – é que não tem nenhum sentido o consciente propor alguma coisa contra a qual o subconsciente se revolta. Enquanto a pessoa não convencer seu inconsciente de que o fumo lhe é inteiramente indiferente, enquanto tiver na cabeça que fumar é algo muito prazeroso, nada adiantará. Nenhuma decisão perdurará, por mais lógica e sensata que seja. É preciso, antes, reprogramar a mente com uma sugestão forte e definida, do tipo “o cigarro é totalmente indiferente para mim”.

Quem já foi um dia fumante inveterado e para quem agora o cigarro nada mais representa, sabe como se pode mudar definitivamente o ponto de vista a respeito de uma coisa. Quando através da hipnose ou auto-hipnose, se inculca no subconsciente que isto ou aquilo é completamente indiferente, seja o fumo, a bebida ou até mesmo alguma pessoa, o subconsciente reponde naturalmente, no mesmo grau e intensidade. Arthur não teria se martirizado nem apelado para o cigarro naquele momento crítico se tivesse, previamente, “avisado” ao inconsciente que ele não tinha mais o menor interesse em fumar cigarros.

As fórmulas, ou ordens ao subconsciente, devem ser sempre: curtas, sonoras, positivas, rítmicas e fáceis de se decorar. Vejam algumas destas ordens, comprovadamente eficazes:

- Alguém que se irrita muito no seu ambiente de trabalho, deve sugestionar-se assim: “No trabalho, muita calma e paz!”
- Alguém que se enrubesce por qualquer coisa: “Se eu enrubescer, o sangue vai para as pernas e não para a cabeça!”
- Alguém que em contato com clientes começa a suar nas mãos: “Na presença de alguém, mãos sempre calmas, secas e firmes!!!”

Outras dicas para você formular seus propósitos que se converterão em ordens ao subconsciente:

1 – Examine bem o que você quer propor.
2 – Formule este propósito (por escrito) SEMPRE positivamente. Não faça nunca formulações negativas, do tipo “não quero mais”, “não vou mais” etc.
3 – Feita a formulação, leia algumas vezes em voz alta, até sabê-la de cór.
4 – Em estado de profundo relaxamento (auto-hipnose) pense intensamente nessa frase. Não precisa pronunciá-la em voz alta. Ela é para ser pensada.
5 – Saiba que fórmulas curtas, repetidas com freqüência (mesmo durante o dia) produzem mais efeito do que frases longas que você possa dizer de vez em quando ou mesmo relembrar. Um exemplo de formulação para quem tem o hábito de roer unhas: “Se a mão quiser ir para a boca, muda de direção”.

Veja a seguir três exemplos de exercícios auto-hipnóticos que você pode começar a praticar agora mesmo, se for o seu caso. Leia muitas vezes até que as idéias propostas penetrem, definitivamente, no seu subconsciente. E assim, que se convertam em verdade!

terça-feira, 26 de outubro de 2010



"PSICOTERAPIA BREVE"
MAIS RÁPIDA DO QUE A PSICANÁLISE DE DIVÃ.
A terapia breve atrai os pacientes.Numa época em que a comida fica pronta em três minutos de microondas e distâncias intercontinentais podem ser percorridas em horas, não mais dias, ainda não se inventou uma solução instantânea para os males da alma. A dor psíquica obedece a um outro ritmo, mais vagaroso. Em busca do alívio imediato para pessoas que não querem — ou não podem — apostar suas esperanças de cura em anos a fio no divã de um psicanalista, está ganhando espaço um novo tipo de tratamento, oferecido em muitos consultórios, a psicoterapia breve. O alvo são os pacientes com problemas de relacionamento pessoal, desemprego ou depressão, que não conseguem sair da crise sozinhos, querem ajuda profissional, mas não têm tempo, paciência ou dinheiro para as intermináveis terapias clássicas. Na psicoterapia breve o número de sessões varia entre doze e trinta, e a duração do tratamento nunca ultrapassa um ano. Quase todas as correntes da Psicologia criaram uma linha “breve” de terapia. Hoje em dia pode-se fazer, em versão reduzida, psicodrama, terapia comportamental, terapia cognitiva, de família ou em grupo. Mas o que mais está atraindo profissionais e pacientes é a terapia breve com base na psicanálise — o tratamento dos distúrbios da mente derivado dos princípios teóricos de Sigmund Freud. Para os freudianos ortodoxos, isso é uma heresia. Tratar a intrincada mente humana de acordo com os princípios da complexa teoria freudiana em meses? A prática tem mostrado que isso é possível, desde que se aceitem determinados limites. As psicoterapias breves concentram seu foco em apenas um aspecto da vida do paciente. Enquanto o psicanalista tradicional procura resolver os traumas e neuroses por meio de um mergulho nas profundezas da mente, na terapia breve a meta é acabar com o sintoma que levou o paciente ao consultório, nada mais. “O terapeuta seleciona os problemas do paciente que serão tratados e negligencia os demais”,eu particulamente atendo muito mais que 20 pacientes por dia em minha clinica de Psicologia — todas por psicoterapia breve. Ninguém deixa de ser tímido ou impotente em meses, mas pode-se aprender a suportar melhor o fato de ser portador de uma doença incurável. Pior seria não ter acesso a tratamento algum. As questões que só Freud explica continuam sendo levadas ao divã. A terapia breve cuida de problemas mais imediatos — crises conjugais, desajuste no trabalho, dilemas da meia-idade, rebeldias da adolescência, depressão por algum acontecimento recente. A técnica serviu com precisão para o executivo Nelson guidorizzi, de 50 anos. Ele foi tentar resolver uma questão bem específica. Em cinco meses de tratamento psicológico, um tempo curto para o mundo da mente, ele resolveu o problema que o angustiava. Alguns meses antes, ele sofreu um acidente no qual o carro que dirigia se chocou contra um poste, provocando a morte de uma amiga que estava no banco de trás.Nelson, na época mais jovem, estava convencido de que não tinha culpa pela tragédia. Mas andava cabisbaixo e ficava inseguro ao encontrar conhecidos porque imaginava que eles o consideravam um assassino. Festeiro por natureza, passara a levar uma vida reclusa — temia que, se alguém o visse com um copo na mão, logo deduziria que ele estava bêbado na noite do acidente (não estava). “Retomei a confiança em mim mesmo e aprendi a dar menos importância ao que os outros dizem”, conta Nelson. “Amadureci muito por causa do acidente e talvez tenha amadurecido melhor por causa da terapia.” Cara a cara — O encurtamento do tempo do tratamento é uma polêmica antiga entre os terapeutas. As primeiras propostas de acelerar o processo de análise surgiram já na década de 20. Nenhuma delas recebeu a chancela de Freud, que atendia seus pacientes na base de seis sessões por semana. No entanto, alguns psicanalistas começaram a procurar uma resposta para a necessidade de uma solução rápida para pacientes com problemas específicos. Surgiram, então, algumas técnicas de terapia breve, das quais a mais utilizada é a psicodinâmica. Trata-se de um método diferente da psicanálise clássica. Em vez de deitar-se no divã e passar a maior parte da sessão num falatório desordenado, o paciente fica cara a cara com o terapeuta, que muitas vezes encaminha a conversa. Mas a referência teórica do psicólogo continua ancorada nos ensinamentos de Freud. Ou seja: o psicólogo interpreta a psique humana com base nos conceitos de consciente e inconsciente, acredita na existência do complexo de Édipo e fica atento aos sonhos e aos lapsos. “A psicoterapia breve não é superficial”, explica Dra.Suzeth de Carvalho,profissional nesse novo tipo de tratamento no Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas. “Ela é profunda, mas numa única questão.” Os psicanalistas mais ortodoxos acham que é difícil identificar a causa de um conflito psíquico em pouco tempo. O perigo, segundo eles, é que, na tentativa de suprimir isoladamente um sintoma, o terapeuta acabe por provocar um desajuste ainda mais grave. Os adeptos da terapia breve argumentam que, nos tempos atuais, não se pode querer aplicar a psicanálise tradicional para todos que os procuram. A escassez de tempo não permite. Muitas vezes o dinheiro também influi. Os profissionais cobram o mesmo preço por uma sessão em ambos os casos — 100,00 reais, em média. O que torna a terapia breve mais econômica é o fato de que esse valor é desembolsado durante alguns meses, e não anos, muitos anos. “Oferecer às pessoas apenas a psicanálise como alternativa de tratamento me parece o mesmo caso de um alfaiate que faz somente um modelo e tamanho de roupa”, diz Ryad Simon, professor do Instituto de Psicologia da Universidade de São Paulo e defensor da terapia breve. “Se o alfaiate for rigoroso a esse ponto, o cliente sairá de seu ateliê completamente nu.” Resultados inegáveis — A secretária desempregada Vera lucia dos Santos, de 32 anos, sabe que seu drama psicológico é bem mais grave do que uma terapia breve pode dar conta. Mesmo assim, acha que os três meses de tratamento lhe fizeram muito bem. Vera tem dificuldade de relacionamento com a mãe, que ficou viúva quando ela era criança e teve de trabalhar duro para criar a filha. A mãe a considera culpada por sua infelicidade e faz de tudo para atrapalhar o convívio de Vera com o marido. O terapeuta optou por não mexer no labirinto mãe-filha — um prato para uma vida inteira no divã. Em vez disso, concentrou-se na insegurança da paciente e na dificuldade que ela sentia para impor sua vontade perante a mãe. Deu certo. Vera reforçou a auto-estima, tornou-se uma pessoa menos depressiva e mais independente. “A relação com a minha mãe não melhorou, mas agora evito um contato maior”, declara. “Só a vejo a cada quinze dias e não deixo que ela vá a festas da família do meu marido.” Com a terapia, Vera deixou de tomar antidepressivos. “Se eu pudesse faria análise a vida toda. Mas não posso. É muito caro.” No Instituto de Psiquiatria do Hospital das Clínicas de São Paulo, o número de pacientes triplicou desde que a instituição passou a oferecer também a psicoterapia breve. De acordo com uma pesquisa feita, a terapia de curta
duração é usada em praticamente todas as clínicas ligadas a escolas de Psicologia que fazem atendimento à população. Isso torna o tratamento acessível a um número maior de pessoas, mas cria também alguns problemas. Nesses locais, em geral quem atende são alunos, naturalmente com pouca experiência e ainda em aprendizado. Isso diminui a qualidade do atendimento. Mesmo assim, os resultados são inegáveis. A professora Loreta Maria,tinha cansaço, stress, insônia, úlcera, gastrite e uma enxaqueca que a levava freqüentemente ao hospital. Era tímida e insegura. Foi parar na rede pública, atendida por uma estudante de Psicologia, sabendo que tinha o prazo de um ano para a terapia, com duas sessões por semana. “Mudei completamente minha maneira de viver”, conta Loreta, que já concluiu o tratamento. Seus sintomas desapareceram. “Só o fato de ter alguém para escutar nossos problemas já é algo encantador.” Entre o divã e a poltrona, conheça as diferenças básicas entre a psicanálise e a psicoterapia breve Psicanálise Objetivo: Ajuda o paciente a conhecer suas neuroses para livrar-se ou aprender a conviver com elas. Explora o universo psíquico como um todo, para promover um autoconhecimento profundo Indicação: Alguns psicanalistas acham que não se deve iniciar a análise em momentos de crise emocional Tipo de paciente: Todos podem beneficiar-se, com exceção dos doentes mentais Duração: Recomenda-se pelo menos duas sessões semanais. Não há prazo definido, mas dificilmente dura menos de dois anos, podendo demorar quatro, oito ou mais Psicoterapia breve (de fundo psicanalítico) Objetivo: Pretende acabar com o sofrimento causado por algum fato específico ou uma única característica da personalidade da pessoa Indicação: Situações específicas como crises matrimoniais, desajuste no trabalho, sofrimento por algum acontecimento recente etc. Tipo de paciente: Pessoas capazes de levar uma vida normal e de superar problemas em prazos curtos Duração: Em geral, entre doze e trinta sessões, no máximo duas vezes por semana. Nunca ultrapassa um ano.

quinta-feira, 6 de maio de 2010

"METAFISICA DA SAUDE"



Doenças e Causas segundo a Metafísica da Saúde


Metafísica da Saúde
Segundo a psicóloga americana Louise Hay, todas as doenças que temos são criadas por nós. Afirma ela, que somos 100% responsáveis por tudo de ruim que acontece no nosso organismo.
Toda doença tem origem no estado de não-perdão', A seguir, você vai conhecer uma relação de algumas doenças e suas prováveis causas, elaboradas pela psicóloga Louise. Reflita, vale a pena tentar evitá-las:

DOENÇAS / CAUSAS:

AMIGDALITE: Emoções reprimidas, criatividade sufocada.

ANOREXIA: Ódio ao externo de si mesmo.

ARTERIOSCLEROSE: Resistência. Recusa em ver o bem.

ARTRITE: Crítica conservada por longo tempo.

ASMA: Sentimento contido, choro reprimido.

BRONQUITE: Ambiente de família inflamado. Gritos, discussões.

CÂNCER: Mágoa profunda, tristezas mantidas por muito tempo.

COLESTEROL: Medo de aceitar a alegria.

DERRAME: Resistência. Rejeição a vida.

DIABETES: Tristeza profunda.

DIARRÉIA: Medo, rejeição, fuga.

DOR DE CABEÇA: Autocrítica, falta de autovalorização.

ENXAQUECA: Medos sexuais. Raiva reprimida. Pessoa perfeccionista.

FIBROMAS: Alimentar mágoas causadas pelo parceiro.

FRIGIDEZ: Medo. Negação do prazer.

GASTRITE: Incerteza profunda. Sensação de condenação.

HEMORROIDAS: Medo de prazos determinados.Raiva do passado.

INSONIA: Medo, culpa.

MENINGITE: Tumulto interior. Falta de apoio.

NÓDULOS: Ressentimento, frustação. Ego ferido.

PELE (ACNE): Individualidade ameaçada. Não aceitar a si mesmo.

PNEUMONIA: Desespero. Cansaço da vida.

PRESSÃO ALTA: Problema emocional duradouro não resolvido.

PRISÃO DE VENTRE: Preso ao passado. Medo de não ter dinheiro suficiente.

PULMÕES: Medo de absorver a vida.

QUISTOS: Alimentar mágoa. Falsa evolução.

RESFRIADOS: Confusão mental, desordem, mágoas.

REUMATISMO: Sentir-se vitima. Falta de amor. Amargura.

RINITE ALÉRGICA: Congestão emocional. Culpa, crença em perseguição.

RINS: Crítica, desapontamento, fracasso.

SINUSITE: Irritação com pessoa próxima.

TIROÍDE: Humilhação.

TUMORES: Alimentar mágoas. Acumular remorsos.

ÚLCERAS: Medo. Crença de não ser bom o bastante.

VARIZES: Desencorajamento. Sentir-se sobrecarregado

"CIENTOLOGIA"



Dianética

A palavra Dianética provém do grego dia, que significa através e nous, que significa alma, define-se como “o que a alma está a fazer ao corpo.” Dianética é uma metodologia que pode auxiliar a aliviar sensações e emoções indesejadas, medos irracionais e doenças psicossomáticas (doenças causadas ou agravadas pelo stress mental). É mais correctamente descrita como o que a alma está a fazer ao corpo através da mente. 'Noûs' significa 'intelecto'. (Dicionário Isidro Pereira Grego-Português-Grego)



A Dianética foi revelada como método terapêutico em 1950, pelo escritor e filósofo americano L. Ron Hubbard que desvendou todos seus mistérios no livro Dianética - A Ciência Moderna da Saúde Mental, que foi um êxito mundial vendendo mais de 20 milhões de cópias em 53 línguas. Segundo Hubbard, a "mente reactiva" é a parte da mente que age sem sua permissão e controle exercendo poder na consciência, pensamentos e atitudes. A Dianética como método terapêutico fornece os meios para remover essa influência negativa da mente reactiva.



A dianética está associada muitas vezes á Cientologia devido a Hubbard ser seu fundador. Essa associação ocorre porque Dianética fundou as bases da filosofia religiosa de Cientologia. No próprio livro Dianética, muitos conceitos "cientológicos" são expressos como as dinâmicas da existência [+] e outros conceitos que são amplamente abordados em Cientologia. Segundo a Dianética, nós possuimos duas partes da mente, uma é analítica que realiza as funções racionais e a outra é reativa, que trabalha com base no estimulo resposta.

"PSICOLOGIA COGNITIVA"



HISTÓRIA DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA
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Estruturalismo e Funcionalismo
11
A Escola Estruturalista
11
A Escola Funcionalista
11
Escola Behaviorista: O Neo-Associacionismo Americano
11
O Fundador do Behaviorismo
11
A Difusão do Behaviorismo
11
O Último Grande Behaviorista: Skinner
11
Escola Gestaltista: A Psicologia Alemã da “Forma”
12
A Escola de Graz e o Conceito de Gestalt
12
A Escola Gestaltista de Berlim
12
A Gestalt
12
O Movimento Cognitivista
12
O Fracasso do Behaviorismo
12
O Cognitivismo e a Segunda Guerra Mundial
12
O Papel do MIT
12
Evolução
12
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA
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NASCIMENTO DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA
Em 1860, Gustav Theodor Fechner fundou uma nova disciplina, a meio caminho entre a filosofia e a fisiologia: a psicologia.
De facto, 1860 é a data da publicação da obra principal de Fechner, “Elementos de Psicofísica”, que haveria de influenciar
de forma notável a orientação dos trabalhos e reflexões de numerosos investigadores, sobretudo fisiologistas
mas também filósofos interessados em questões de ordem psicológica.
A “PSICOFÍSICA INTERNA” E A “PSICOFÍSICA EXTERNA”
A palavra “psicofísica” foi tomada em vários sentidos ao longo da história da psicologia. No seu sentido mais primitivo,
designa a ciência nova que Fechner fundou. Era no seu espírito, conformemente à etimologia, “uma ciência exacta sobre
as relações funcionais ou de dependência entre a alma e o corpo, e, em geral, entre o mundo corporal e espiritual,
físico e psíquico”. Dividindo o mundo corporal em duas partes, o mundo corporal interno ou fisiológico e o mundo corporal
externo ou físico, Fechner distingue duas partes na psicofisiologia: a psicofísica interna e a psicofísica externa.
★ A psicofísica interna tem por objecto o estudo das relações da alma com o corpo ao qual ela está directamente ligada,
isto é, as relações dos fenómenos psicológicos com os fenómenos fisiológicos.
★A psicofísica externa tem por objecto o estudo das relações da alma com o mundo físico, isto é, as relações dos
fenómenos psicológicos com os fenómenos físicos exteriores.
Mas para que a psicologia pudesse ser uma ciência exacta, isto é, para que pudesse estabelecer relações matemáticas
entre os fenómenos mentais e os fenómenos corporais, seria necessário, primeiro, medir os fenómenos mentais. Com
efeito, enquanto a física dispõe de procedimentos para medir os fenómenos que estuda, o mesmo não acontece com a
psicologia. Desde logo, portanto, a psicofísica tem de tratar do problema preliminar
da medida psicológica. Assim, num primeiro tempo, a tarefa de Fechner foi
medir unicamente os fenómenos psicológicos que resultam das impressões exercidas
pelo mundo físico sobre os órgãos sensoriais, a que ele chama as sensações.
Por conseguinte, a psicologia, originalmente associada a questões de ordem
metafísica, constituiu-se nessa época como uma ciência que media as sensações.
O primeiro ensaio de psicofísica encontra-se num anexo do grande Tratado de
Metafísica que Fechner publicou em 1851 sob o título “Zenda Avesta, ou a propósito
das coisas do Céu e das coisas do Além”. Com o objectivo de demonstrar a
validade das suas concepções matemáticas, Fechner citou longamente os trabalhos
de um dos seus predecessores, o fisiologista Ernst-Heinrich Weber, que tinha
estabelecido uma lei sobre a qual toda a psicofisiologia haveria de se apoiar.
WEBER (1795-1878) E A SUA LEI PSICOFÍSICA
Não há dúvida de que foram os escritos do seu antigo mestre que influenciaram Fechner, mesmo que hoje tenhamos
alguma dificuldade em ter uma noção precisa sobre a dimensão dessa influência. Os trabalhos de Weber datam dos
anos 1830-1850, época em que este fisiologista alemão se interessou pelo estudo do sistema sensorial e em particular
do sistema nervoso cutâneo no homem. O seu problema era o de saber como é que a estrutura do sistema nervoso podia
conduzir a uma representação funcional do espaço externo. Os resultados dos seus cinco anos de investigação neste
domínio foram inicialmente publicados num longo capítulo de uma obra escrita em Latim em 1834, intitulada “Sobre a
sensibilidade táctil”, onde se encontra a primeira formulação da lei dita de Weber. Depois, numa outra obra, “Sobre o
sentido do tacto e a sensibilidade comum” (1846), Weber elabora uma versão mais teórica do trabalho precedente e
melhora esta lei, à luz de novas experiências. Embora nunca tenha pretendido resolver, como Fechner, o problema das
relações do físico com o moral. Weber deu-se perfeitamente conta de que as suas investigações incidiam sobre um
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Compasso de Weber: este aparelho
era munido de duas pontas
que eram simultaneamente pousadas
na superfície do corpo. A
sensibilidade era medida pelo
cálculo da distância mínima entre
estas duas pontas, em que elas
eram distinguidas pelo sujeito. Foi
assim que Weber conseguiu descrever
com muita precisão o limiar
de sensibilidade para diferentes
regiões do corpo, estabelecendo
relações matemáticas muito rigorosas.
ponto conexo à psicologia e à fisiologia, “lugar obscuro aonde só se poderá levar a luz da ciência após ter-se previamente
dissipado, por um lado, os erros dos psicólogos e, por outro lado, os erros dos fisiologistas”.
A sua primeira publicação, a de1834, diz essencialmente respeito à medida da sensibilidade táctil nas diferentes zonas
do corpo. Nas suas investigações, iniciadas em 1829 com a ajuda de um seu irmão, utilizou um material simples, hoje
conhecido sob o nome genérico de compasso de Weber.
A primeira formulação da lei de Weber encontra-se no fim desse primeiro artigo no momento da discussão sobre as
comparações de pesos. “Uma diferença de pesos não é mais facilmente percebida para pesos mais pesados do que
para pesos mais leves. Se se colocarem dois pesos nas mãos, um de 32 onças (a onça de Saxe, região de Weber, correspondia
aproximadamente a 29 gramas) e um outro na outra mão cujo peso se vai reduzindo gradualmente até que se
sinta a diferença de pesos pelo tacto, conseguimos calcular a relação mínima entre os pesos que podem ser reconhecidos
pelo sentido do tacto. Agora. se repetirmos a mesma experiência, utilizando pesos de 32 dracmas em lugar dos
pesos precedentes, isto é, oito vezes mais leves, observamos que a proporção mínima reconhecível pelo sentido do
tacto é praticamente a mesma que na experiência anterior: por exemplo, se os pesos de 32 e 26 onças podem ser discriminados,
os de 32 e 26 dracmas serão agora igualmente discriminados”.
Como a diferença não é percebida no primeiro caso mais facilmente do que no segundo, é evidente, segundo Weber,
que sentimos não o peso, mas a relação das diferenças. Assim, a diferença de sensações mantém-se igual sempre que
a relação entre os estímulos seja igual: esta é a lei de Weber.
Esta lei, segundo a qual, ao observar as diferenças entre as coisas, nós perceberíamos as diferenças relativas, e não as
diferenças absolutas, é apresentada por Weber como uma hipótese que carecia de melhor verificação com mais experiências.
Na sua obra de 1846, apresenta novas experiências sobre os pesos, mas infelizmente nada de novo é acrescentado,
a não ser um pequeno desvio na lei de Weber para a percepção de pequenos comprimentos. Neste último trabalho,
Weber formulou a a lei nos mesmo termos, sem nunca ter estabelecido uma fórmula matemática. A formula matemática
foi-nos legada por Fechner.
A LEI LOGARÍTMICA DE FECHNER (1860)
Fechner dividiu os seus predecessores em dois tipos: os que se limitaram a fazer raciocínios matemáticos que lhes permitiram
chegar à lei de Weber e aqueles que fizeram experiências sobre a medida das sensações, cujo significado pode
ser invocado a favor da lei de Weber. Assim, a lei de Weber foi formulada explicitamente como lei geral, de forma que,
como refere Fechner, o problema da medida das sensações
foi resolvido, de certo modo, antes de ser colocado. Mas nenhum
investigador, antes de Fchner, se tinha proposto a si
mesmo a tarefa de fornecer realmente os factos e as fórmulas
que validassem as medidas das sensações.
Num primeiro momento, Fechner dedicou-se ao estudo das
relações entre a sensação e a estimulação (psicofísica externa).
Mais tarde generalizará a lei logarítmica à psicologia interna
e às relações netre a a alma e o corpo.
Tendo conseguido verificar experimentalmente a relação logarítmica
entre o estímulo e a sensação, foi-lhe possível justificar
a hipótese fundamental da psicofísica interna, isto é, que
a sensação é igual ao logaritmo da actividade psicofísica correspondente.
Para este efeito, Fechner demonstrou que a lei
de Weber e a lei do limiar podiam ser transpostas para o domínio
da psicofísica interna. Mais, a relação logarítmica existente
entre a sensação e a actividade psicofísica correspondente
existiria também entre a consciência e a actividade psi-
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As experiências que Fechner realizou, ou que pediu
ao seu cunhado (Alfred Wilhelm Volkmann) que realizasse,
para verificar a lei de Weber incidiram sobre o
som, os pesos, a temperatura e as grandezas de
comprimento percebidas pela visão e pela pele. Três
métodos foram utilizados por Fechner: o método das
diferenças perceptíveis (ou método dos limites), o
método dos verdadeiros e falsos, já utilizado por Weber,
(ou método constante) e o método dos erros médios
(ou método de ajustamento).
Os resultados a que chegou confirmaram a lei de Weber,
que ele formulou matematicamente assim: dl/l=K,
em que K é uma constante e l o valor do estímulo.
Daqui derivará, na sequência de um raciocínio matemático,
a sua lei logarítmica S=K Log l, segundo a
qual as sensações (S) aumentam proporcionalmente
aos logaritmos dos estímulos (l). de forma simples,
isto significa: para que uma sensação aumente em
quantidades iguais numa progressão aritmética (ex.:
1,2,3,4...) a estimulação tem de aumentar em quantidades
proporcionais numa progressão geométrica
(ex.: 1, 2, 4, 8,....).
cofísica total. Deste modo, a lei logarítmica exprimiria a relação geral entre a alma e o corpo. Fechner foi ainda mais longe
ao aplicar a sua teoria psicofísica a uma concepção panteísta do mundo. O ser humano não seria o único sistema
psicofísico constituído por uma alma e um corpo ligados pela lei logarítmica; todo o mundo seria
um sistema do mesmo género, de que o espírito universal (sistema composto pelo conjunto dos
espíritos individuais) seria a alma. Neste aspecto, ele próprio afirmou que se situava no domínio
da crença e já não da ciência.
Na sua primeira obra de psicofísica, Fechner fez ciência no domínio das sensações elementares.
Todavia, convém não esquecer que a sua psicofísica foi alargada, alguns anos mais tarde, aos
elementos superiores do espírito. Entre outras publicações, a sua Introdução à Estética (1876) confirma este facto tão
frequentemente esquecido.
O DESENVOLVIMENTO DA NOVA PSICOLOGIA
O “PROMOTOR” WILHELM WUNDT (1832-1920)
PRIMEIRO LABORATÓRIO (1879) E PRIMEIRA REVISTA
DE PSICOLOGIA (1881)
Em 1862, numa obra sobre a teoria da percepção sensorial, Wundt propôs a constituição
oficial de uma nova ciência: a psicologia experimental. Tornou-se rapidamente o
chefe de fila desta nova disciplina com a publicação do primeiro tratado completo de
psicologia em 1874, intitulado “Tratado de Psicologia Fisiológica”1. Fundador do primeiro
laboratório de psicologia em Leipzig em 1879, dará formação em técnicas experimentais a toda uma geração de psicólogos,
sobretudo alemães, mas também numerosos americanos que fundaram, por seu turno, outros laboratórios nos
Estados Unidos. Os trabalhos deste primeiro laboratório foram publicados na revista criada por Wundt em 1881, Estudos
filosóficos. Wundt não considera de forma nenhuma a nova psicologia como uma nova filosofia, menos ainda como
uma negação da filosofia, mas sobretudo como um progresso, um desenvolvimento do pensamento filosófico. Para
Wundt, a psicologia experimental deve ser para os factos internos aquilo que a física é para os factos externos; só a
experimentação nos permite determinar a estrutura de um fenómeno e as leis gerais do seu funcionamento. Se tomarmos
o exemplo da física, esta ciência decompõe os fenómenos complexos nos seus elementos, determina as propriedades
destes elementos e procura as suas relações no tempo. Do mesmo modo, a psicologia experimental decompõe o
conteúdo da nossa consciência nos seus elementos e esforça-se por descobrir de uma forma exacta as suas relações
de coexistência e de sucessão.
O OBJECTIVO DA PSICOLOGIA EXPERIMENTAL SEGUNDO WUNDT
No primeiro fascículo da sua revista, Wundt tinha publicado um artigo que pode ser considerado um prefácio à sua obra
no campo da psicologia experimental. O problema geral da psicologia experimental compreende três questões:
1. Quais são os elementos da consciência, as suas propriedades qualitativas e quantitativas?
2. Como se combinam para constituir factos de consciência de uma natureza cada vez mais complexa?
3. Quais são as relações de coexistência e de sucessão, as leis gerais que dominam os factos interiores?
Os métodos psicofísicos utilizados por Fechner vão servir para descobrir os primeiros materiais da consciência segundo
Wundt, isto é, as sensações. Estes métodos têm inicialmente por objecto determinar o mínimo de estimulação necessária
para o nascimento de uma sensação e descobrir as relações constantes entre as variações de estimulação e as variações
de sensações. A intensidade e a qualidade são as duas propriedades objectivas das sensações.
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Panteísmo: doutrina
metafísica
segundo a qual
Deus é a unidade
do mundo
Uma coisa é conhecer as sensações, outra coisa é conseguir desvendar as suas combinações para formar os factos de
consciência. A psicologia experimental2 aborda este novo problema seguindo uma caminhada lenta e progressiva, começando
por estudar as combinações mais simples: as percepções. Do mesmo modo que dois corpos simples, ao
combinar-se, produzem um corpo mais complexo que possui propriedades distintas, as sensações elementares ligamse
entre si para determinar um conteúdo diferente na consciência. Wundt admite que, em certos casos, a percepção é
análoga a uma combinação química. As sensações elementares podem ser isoladas, mas não encontramos nos elementos
as propriedades do composto que eles formam ao combinar-se. Assim, uma percepção é constituída por duas ou
várias sensações puras combinadas por mecanismos de associação que permitem construir sistemas de representação
do mundo exterior. Os mecanismos de associação são geralmente de natureza automática, mas o sujeito pode empregar
mecanismos de associações activas por intermédio dos processos aperceptivos
desencadeados pela atenção. Para pesquisar os elementos constitutivos de uma percepção
assim com as suas leis de combinação, vários métodos podem ser usados. Os
que Wundt privilegiou consistem em modificar a qualidade de uma percepção ou as
condições em que ela se apresenta de forma a fazer emergir os seus elementos constitutivos.
São as técnicas de base da psicologia experimental, que consistem em fazer
variar as modalidades de um factor experimental para observar os seus efeitos sobre o
comportamento.
Quanto às relações que dominam os factos interiores, trata-se aqui de aplicar a medida
da duração dos actos psíquicos. Dois tipos de métodos podem ser utilizados:
1. Os métodos de reacção
2. Os métodos de comparação.
Os métodos de reacção têm a ver com a determinação da duração de um facto relativamente simples, na realidade
muito complexo, que Wundt chamou reacção simples. A uma estimulação sensível, o sujeito deve responder tão depressa
quanto possível através de um movimento previamente determinado: o tempo exigido por este acto de reacção
simples é fácil de determinar com a ajuda de um cronómetro que regista o momento da estimulação e o momento da
reacção. Os métodos de comparação consistem em acrescentar ao conjunto dos factos físicos e psíquicos, que compõem
a reacção simples, certos factos psíquicos conhecidos; mede-se a duração de um certo facto psíquico composto,
subtrai-se a esta duração total a duração da reacção simples e obtém-se assim a duração do acto adicional. Como os
fenómenos psíquicos complexos compreendem os fenómenos mais simples, pode-se complicar sucessivamente o acto
psíquico e obter a duração de cada acto adicional por subtracção sucessiva das durações conhecidas necessárias aos
actos mais simples incluídos no acto total.
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A psicologia experimental segundo Wundt. A psicologia,
enquanto ciência natural, baseia-se quase completamente
no campo das investigações experimentais e da
medida. Para Wundt, a experiência é em psicologia o
meio essencial que conduz factos de consciência aos
bastidores obscuros onde a vida consciente se elabora.
A observação interior, tal como qualquer observação, só
nos dá fenómenos compostos. Pela experimentação, ao
contrário, analisamos os fenómenos com todas as suas
condições acessórias. Segundo Wundt, a experimentação
conduz-nos às leis naturais, porque nos permite
aceder simultaneamente à causa e ao efeito.
“A experimentação é acompanhada passo a passo pela
medida. Medir e pesar tais são os grandes meios de que
a investigação experimental se serve sempre, para chegar
a leis precisas. Com a experiência, o peso e a medida
entraram na ciência, pois são eles que lhe dão um
carácter definitivo. A medida encontra as constantes da
natureza, as leis fixas que regulam os fenómenos. Todas
as medidas podem traduzir-se em números. Os números
não são o fim da medida, mas são o meio indispensável
para chegar ao fim último da investigação, pois só os
números nos podem revelar as leis. (...) O físico mede as
forças motrizes pelo movimentos produzidos, e da observação
destes infere-se as leis - absolutamente inacessíveis
aos sentidos - segundo as quais as forças
agem. Do mesmo modo, nós medimos as funções psíquicas
pelos efeitos que elas produzem, pelas impressões
sensoriais ou pelos movimentos do corpo. Mas o
que determinamos pelas experiências e pela medida não
são simplesmente os efeitos exteriores, são as próprias
leis psicológicas de onde resultam estes efeitos.”
Apercepção: na obra de
Wundt, os conceitos de
apercepção e de atenção
aparecem estreitamente
ligados. A atenção é um
estado mental caracterizado
por um sentimento especial
que acompanha a apreensão
nítida de um conteúdo
psíquico, enquanto a apercepção
é o processo voluntário
activo que permite essa
apreensão
A INVENÇÃO DE UM MÉTODO DE MEDIDA DOS ACTOS PSÍQUICOS
A cronometria sensorial ou psicometria baseia-se nos estudos sobre a velocidade de transmissão nervosa. O objectivo
destes trabalhos era o de medir a velocidade do influxo nervoso e por extensão a velocidade do pensamento. Até meados
do século XIX, acreditou-se que as impressões sensitivas e as impressões motoras se deslocavam a uma velocidade
impressionante: o tempo necessário para estes actos era considerado como infinitamente pequeno, praticamente
nulo e não mensurável. Certos fisiologistas de renome, como Johannes Muller (1801-1858), no seu “Manual de Psicologia”
(1833), defendiam que a ciência nunca seria capaz de efectuar essa medida.
Só a partir dos anos 40 do século XIIX se começou a verdadeiramente a efectuar estudos sobre a velocidade do influxo
nervoso. Pode afirmar-se que foi o estudo do acto muscular que lançou as bases destes trabalhos. Com efeito, a contracção
muscular foi estudada com aparelhos de registo que permitiram
apreciar com rigor o instante preciso em que se inicia o fenómeno,
a sua duração e a sua amplitude. Esta possibilidade de registar
o instante preciso em que começa a contracção muscular
permitiu abordar o estudo objectivo da transmissão nervosa e de,
em seguida elevar esses estudos ao próprio acto psíquico.
A MEDIDA DO TEMPO FISIOLÓGICO OU TEMPO DE REACÇÃO
Foi o astrónomo Adolph Hirsch quem, pela primeira vez, determinou, em 1862, o tempo fisiológico para os sentidos da
audição, da visão e do tacto. Para Hirsch, este tempo fisiológico de reacção é constituído por três momentos, difíceis se
não impossíveis de separar:
1. transmissão da sensação ao cérebro;
2. acção do cérebro, que consiste em transformar por assim dizer a sensação em acto voluntário;
3. transmissão da vontade aos nervos motores e execução do movimento pelos músculos.
Nas suas investigações, Hirsch descobriu que, no sentido do tacto, a velocidade do acto nervoso era de 34 metros por
segundo. Mas a duração do acto reflexo, entre o momento em que a pele é estimulada e aquele em que dá a sua resposta
motora, corresponde simplesmente a um acto fisiológico simples? Claro que não, pois os processos mentais intercalam-
se entre a impressão sensitiva e a reacção motora. Estas experiências não permitiam saber a duração do acto
cerebral, nem sequer se o acto cerebral tinha alguma duração, mas permitiram que Donders imaginasse, com base nas
experiências de Hirsch, um famoso procedimento experimental destinado a eliminar todas as dúvidas.
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Psicometria: este termo é agora usado de forma
mais específica em psicologia diferencial e corresponde
ao estudo e à elaboração dos métodos
de medida da personalidade em seu sentido
mais lato (inteligência, aptidões, motivações,
etc.)
O estudo da transmissão nervosa. Deve-se
ao fisiologista Hermann von Helmholtz, aquele
mesmo cuja famosa obra, publicada de 1858
a 1862, sobre a “óptica psicológica”, teve um
enorme sucesso, o facto de ter aplicado um
programa de experiências, desnhado em Março
de 1845 na Sociedade de Medicina de Berlim
por Emil Du Bois-Reymond, que consistia
em medir de forma rigorosa o tempo que o
influxo nervoso demorava a percorrer um
determinado comprimento de nervo.
Helmholtz encontrou uma velocidade de 26
metros por segundo em nervos de rã.
O influxo nervoso propaga-se, portanto, a
uma velocidade relativamente baixa (a mão
de um homem a lançar uma pedra deslocase
no ar a uma velocidade de 22 metros por
segundo).
A DURAÇÃO DO ACTO MENTAL
Donders (1865) partindo do pressuposto de que o acto mental seria mais complicado do que o que era habitual supor,
considerou a hipótese de que o aumento do tempo fisiológico que se observava entre o estímulo e a resposta motora se
devia a uma nova operação intelectual intercalada. Os resultados das suas experiências, realizadas por ele próprio ou
pelo seu aluno De Jaager, foram apresentadas por Donders em 1868. Nas experiências apresentadas na tese de Jaager
em 1865, comparavam-se duas situações. No primeiro caso, o sujeito sabia que um choque eléctrico agiria sobre o seu
pé direito; o sinal de reacção seria dado pela mão direita. No segundo caso, o sujeito não sabia que pé iria receber o
estímulo, e tinha de dar uma resposta com a mão do lado estimulado. O tempo fisiológico era mais longo no segundo
caso. É claro, sendo todas as outras condições iguais, esta diferença representa o tempo necessário para o sujeito se
dar conta do lado de onde provinha a estimulação e para dirigir o acto motor para a direita ou para a esquerda. Por conseguinte,
a solução de um dilema, neste caso reduzido à sua expressão mais simples, é um acto cerebral que, para a
situação experimentada exigia 1/15 de segundo (diferença apurada). Estabeleceu-se, portanto, experimentalmente que o
acto cerebral tinha uma duração.
Posteriormente assegurou-se que esta duração aumentava à medida que aumentava a complexidade do acto psíquico e
que diminuía quando o acto psíquico era simplificado. Donders em 1868 perguntou-se se não seria possível determinar
separadamente o tempo aferente nas duas situações experimentadas. Com esse objectivo, realizou a seguinte experiência.
Numa primeira situação, o sujeito repetia uma vogal conhecida previamente (método a). Na segunda situação, o
sujeito era prevenido de que as vogais seriam pronunciadas, e que ele as devia repetir logo que as ouvisse (método b).
Numa terceira situação, o sujeito só devia responder a uma única vogal, o i por exemplo, e manter-se silencioso para
todas as outras (método c). Se se considerarem os mecanismos implicados nos três tipos de reacção, temos para o
método (a) a tomada de consciência do estímulo, para o método (b) a identificação do estímulo e a selecção da resposta
apropriada; para o método (c) a identificação do estímulo. Pelo método de subtracção a diferença b-a representa o
tempo de identificação do estímulo e de escolha da resposta; a diferença c-a representa o tempo de identificação do
estímulo; enfim, a diferença b-c representa o tempo de decisão.
Wundt e os seus alunos utilizaram de forma intensiva o método subtractivo de Donders nas suas experiências ditas de
“complicação”, mas este método foi criticado em 1893 por Oswald Kulpe, fundador da escola de Wurzbourg, que demosntrou
que as diferentes formas de reacção podiam corresponder a expectativas diferentes dos sujeitos. Por exemplo,
se encontrarmos que o acto cognitivo é mais longo 50ms do que o acto sensorial, nada nos garante que esse tempo
adicional resulta da preparação incompleta do sujeito sobre o estímulo e/ou do acto cognitivo propriamente dito.
Aqui, são confundidas duas variáveis: tempo de espera e cognição. Desde então, as investigações empregando o método
subtractivo para inferir processos psicológicos, cessaram bruscamente, mas foram retomadas em meados do sé-
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O tempo fisiológico e o erro ou equação pessoal. As
primeiras investigações sobre a equação pessoal na
determinação do tempo fisiológico ficaram a dever-se a
astrónomos. Em 1796, um facto curioso foi detectado
pelo astrónomo inglês Nevil Maskelyne do observatório
de Greenwich, que constatou que, na estimativa da
passagem das estrelas diante do fio de uma luneta meridiana,
havia um desacordo constante entre as suas
observações e as do seu assistente Kinnebrook.
Maskelyne, desconfiando que o seu assistente utilizava
procedimentos irregulares, decidiu despedi-lo. Mal ele
sabia que estava perante um fenómeno psico-fisiológico
perfeitamente independente do observador.
Nos inícios dos anos 20 do séculos XIX, impressionado
pelas circunstâncias relatadas por Maskelyne, Bessel
decidiu estudar este interessante fenómeno. Comparando
as observações de outros astrónomos com as
suas próprias, Bessel descobriu que a maior parte dos
seus colegas assinalava a passagem das estrelas um
pouco mais tarde do que ele; este atraso relativo era
por vezes superior a um segundo. Estes registos atraíram
a atenção dos astrónomos que passaram a preocupar-
se com este erro ou equação pessoal. Do ponto
de vista psico-fisiológico que representa este erro? Vários
astrónomos, entre os quais Bessel, avançaram, a
este respeito, a hipótese da necessidade de uma operação
intelectual para traduzir por um sinal uma sensação
percebida. Esta duração, que separa a impressão
do sinal da reacção, foi denominada, em 1862, pelo
astrónomo Adolph Hirsch “tempo fisiológico”.
culo XX no quadro dos trabalhos sobre tratamento de informação. Esta retoma é devida aos estudos do americano Saul
Sternberg sobre estratégias de pesquisa em memória.
LABORATÓRIOS E REVISTAS
Ao contrário do que se poderia pensar, apesar dos seus sucessos evidentes, os inícios da psicologia científica foram
lentos e laboriosos em todos os países, excepto talvez nos Estados Unidos. Esta lentidão no desenvolvimento desta
nova ciência resulta de vários factores, entre os quais o mais activo foi certamente a postura hostil da filosofia académica
que temia a perda de um objecto de estudo tão importante para ela. Só a partir dos finais do século XIX, algumas das
maiores universidades decidiram investir em laboratórios de psicologia experimental, promovendo o desenvolvimento
das investigações. Estes laboratórios, pela precariedade do seu próprio estatuto, vão sentir a necessidade de criar os
seus próprios órgãos de difusão: as revistas, muitas vezes autónomas da estrutura universitária.
ALEMANHA
Na Alemanha, os que não trabalhavam sob a inspiração de Wundt tinham de se contentar com o estreito domínio do
estudo sobre as sensações, levado a cabo pela escola de Leipzig. Todavia, a insatisfação, associada a esta estreiteza,
depressa se traduziu na busca de novos domínios de pesquisa. Inicialmente, os jovens psicólogos optaram sobretudo
pelas investigações sobre a memória.
A NOVA ESCOLA EXPERIMENTAL ALEMÃ
Hermann Ebbinghaus (1850-1909) foi um dos primeiros psicólogos a abordar o estudo das funções superiores do espírito,
empregando o método experimental. Profundamente impressionado com a utilização das técnicas para o estudo das
sensações após a leitura da obra de Fechner, que adquiriu durante uma estadia em Londres, Ebbinghaus teve a ideia de
a aplicar ao estudo da memória. Ao contrário de Herbart e dos psicólogos experimentalistas do seu tempo como Wundt,
ele pensava que era possível uma ciência experimental sobre os processos mentais superiores. Assim, ele não se limitou
a ser o primeiro que historicamente demonstrou a possibilidade de estudar experimentalmente funções psicológicas
superiores, mas também um dos primeiros a tomar em consideração a expressão inconsciente dos fenómenos psíquicos.
Empenhando-se sobretudo em não reduzir a memória à recordação consciente, decidiu desenvolver um indicador
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A utilização do método subtractivo por Wundt e seus
alunos. Um aluno de Wundt, Ludwig Lange, comparou
os tempos de reacção simples, quando a atenção do
sujeito estava focalizada no estímulo, com os tempos em
que a atenção estava focalizada na resposta a dar. Os
tempos de reacção eram 1/10 de segundo mais longos
no primeiro caso do que no segundo. Wundt interpretou
estes resultados, adoptando a distinção entre os processos
de percepção simples e de apercepção. Quando um
conjunto de estímulos é apresentado, o sujeito desenvolve
uma actividade interna subjectiva a que chamamos
“atenção”. A atenção permite a focalização no campo da
consciência. A percepção será a entrada de uma representação
no campo interno, e a apercepção será um
acto pelo qual a nossa atenção se dirige para um estímulo
bem preciso (o tempo de apercepção corresponde
ao intervalo de tempo entre a percepção e a apercepção).
A apercepção é passiva quando se deixa guiar
pelas impressões exteriores, e é activa quando resulta
do desejo ou da vontade. Este conceito tomou um lugar
central nos trabalhos teóricos e experimentais de Wundt.
Posteriormente, numerosos seguidores de Wundt, entre
os quais o Belga Georges Dwelshauvers que escreveu
uma excelente monografia em Francês sobre o tema em
1890, realizaram experiências para medir o número máximo
de estímulos apreendido pela consciência. Os resultados
mostraram que a evocação média se situava
entre os 4 e os 6 estímulos, quando eram apresentados
durante 1/10 de segundo num écran, e que este valor era
independente da natureza do material (algarismos, letras,
palavras). Estes resultados confirmaram os de James
Cattell segundo os quais era possível reagir tão rapidamente
a palavras familiares como a letras isoladas.
baseado na economia de tempo ou no número de tentativas realizadas aquando de uma segunda aprendizagem da tarefa.
O método utilizado, vulgarmente apelidado de economia ou reaprendizagem, tinha a vantagem de permitir abordar
o estudo desta função psicológica sem a reduzir à sua expressão consciente.
A ESCOLA INTROSPECTIVA DE WURZBOURG
OS ESTADOS-UNIDOS
JAMES E A TEORIA DA EMOÇÃO
CONTRIBUTO DE LANGE
HALL E A PSICOLOGIA EXPERIMENTAL
A FRANÇA
RIBOT E O RECONHECIMENTO OFICIAL DA PSICOLOGIA
BINET
PÓS-BINET
O SÉCULO XX E A AMERICANIZAÇÃO DA PSICOLOGIA
ESTRUTURALISMO E FUNCIONALISMO
A ESCOLA ESTRUTURALISTA
A ESCOLA FUNCIONALISTA
ESCOLA BEHAVIORISTA: O NEO-ASSOCIACIONISMO AMERICANO
O FUNDADOR DO BEHAVIORISMO
3
A DIFUSÃO DO BEHAVIORISMO
O ÚLTIMO GRANDE BEHAVIORISTA: SKINNER
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA
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ESCOLA GESTALTISTA: A PSICOLOGIA ALEMÃ DA “FORMA”
A ESCOLA DE GRAZ E O CONCEITO DE GESTALT
A ESCOLA GESTALTISTA DE BERLIM
A GESTALT
O MOVIMENTO COGNITIVISTA
O FRACASSO DO BEHAVIORISMO
O COGNITIVISMO E A SEGUNDA GUERRA MUNDIAL
O PAPEL DO MIT
EVOLUÇÃO
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA
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1 O título deste livro já indica que pretendo combinar duas ciências, que, embora se ocupem uma e
outra quase de um mesmo e único assunto, do estudo específico da vida humana, têm todavia
percorrido durante muito tempo caminhos diferentes. A fisiologia espalha a sua luz sobre aqueles
fenómenos biológicos que são percebidos pelos nossos sentidos externos.
2 Quanto mais nos esforçarmos por nos observar a nós mesmos, mais certeza teremos de que não
observamos nada. O psicólogo que pretende encontrar a sua consciência, só encontrará um único
facto digno de nota: é que a sua vontade de observar é absolutamente inútil. Não há nada de extraordinário
em se representar um homem que observa atentamente um objecto exterior. Mas a
imagem de um homem que tenha mergulhado na observação de si mesmo é de uma comicidade
irresistível. (...) Pois aqui o objecto da observação é o próprio observador! Ora o sinal característico
que distingue a observação da simples percepção feita ao acaso é precisamente a independência
do observador relativamente ao objecto observado. E, na observação interna, quanto mais ela é
atenta e coerente, mais aumenta pelo contrário o estado de dependência do observador relativamente
ao objecto observado. W. Wundt (1855). Essays (pp. 136-137), Leipzig: Engelmann
HISTÓRIA DA PSICOLOGIA CIENTÍFICA
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3 A psicologia, tal como o behaviorista a vê, é um ramo puramente objectivo das ciências naturais.
A sua finalidade teórica é a predição e o controlo do comportamento. A introspecção não faz parte
dos seus métodos essenciais, e o valor científico dos seus dados não depende da forma como eles
se prestam a uma interpretação em termos de consciência. O behaviorista, nos seus esforços para
aceder a um esquema unitário de resposta animal, não reconhece linha separadora entre o homem
e o animal. O comportamento do homem como todos os seus refinamentos e com a sua complexidade,
não representa mais do que uma parte de um esquema global de investigação do behaviorista.
Não quereria criticar indevidamente a psicologia. Ela falhou singularmente, creio eu, durante os alguns
cinquenta anos da sua existência enquanto disciplina experimental e não conseguiu granjear
um lugar no mundo como ciência natural reconhecida. A psicologia, como é habitual pensar-se,
possui algo de esotérico nos seus métodos. Se não conseguires repetir os mesmo resultados, a
culpa não é de um erro do equipamento ou de uma falha no controlo dos estímulos, a culpa é decida
ao facto de não possuíres suficiente treino introspectivo. É o observador, não o aparato experimental,
que é atacado. Na física e na química, são as condições experimentais que são atacadas.
O equipamento não era suficientemente sensível, foram utilizados produtos químicos impuros, etc.
Nestas ciências, uma técnica melhor permitirá obter resultados replicáveis.